As linhas do rosto de Leandro se reteasaram levemente: — Vocês não têm o que fazer, não?
Adalberto soltou uma baforada de fumaça, deu um leve tapa na cinza do cigarro e disse, com um sorriso nos olhos:
— Estou curioso sobre essa tal de Marília. Que tal você trazê-la aqui para dar uma sentada? Eu e o Raulino podemos até dar um presente pra ela.
Leandro franziu a testa, sem responder.
Raulino falou de repente:
— Você e a Marília estão recém-casados, né? Por que resolveu marcar uma jogatina logo hoje? Brigaram?
Raulino era mais atento que Adalberto.
Leandro nunca foi muito de sair à noite. Costumava aproveitar apenas as duas noites da semana em que estava de folga do hospital, e mesmo nessas ocasiões só aparecia depois das oito ou nove da noite.
Hoje, claramente, saíra mais cedo, e o mais incomum: foi ele quem os convidou.
Raulino se lembrou da última vez em que Leandro tinha sido o responsável por marcar um encontro com eles. Naquela ocasião, Zélia apareceu, e logo depois Leandro