O som dos passos apressados ecoava pelos corredores do hospital enquanto Isadora e Dominic atravessavam as portas de vidro. O ar frio do ambiente contrastava com o calor sufocante que tomava conta do peito de Isadora. Ela mal sentia os pés tocarem o chão.
Teresa estava na UTI, internada às pressas após um pico de pressão e uma parada respiratória breve, provocada pelo choque das revelações na mídia. Os médicos estavam estabilizando seu quadro, mas a incerteza pairava como uma nuvem negra.
— Por favor, preciso ver minha mãe — Isadora disse à recepcionista da UTI, a voz trêmula.
— Ela ainda está sedada. O médico virá falar com você em instantes.
Dominic a segurou pelos ombros, firme, tentando passar alguma força.
— Ela vai ficar bem. Sua mãe é forte. Como você.
Mas Isadora não respondeu. O medo era paralisante.
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Enquanto aguardavam, uma mulher de meia-idade, de cabelos grisalhos e roupas simples, se aproximou com passos lentos. Trazia nos olhos uma mistura de nervosismo e pesar.
— Isad