O silêncio no apartamento de Isadora era espesso, pesado como as palavras da carta que ela relia pela terceira vez. As letras firmes do pai contavam uma história diferente da que ela cresceu acreditando. Uma história de traições, manipulações e uma verdade cuidadosamente enterrada por Helena Alcântara.
Dominic, sentado ao seu lado, mantinha o olhar fixo no papel. A fúria contida em seu peito era visível na tensão dos músculos do maxilar.
— Isso é mais do que uma carta — ele murmurou. — É a chave para derrubar tudo o que Helena construiu em cima de mentiras.
Isadora assentiu, mas sua mente estava longe dali. Estava com a mãe. Com a menina que ela foi, afastada da família Alcântara, condenada por uma história que agora mostrava outra face.
— Minha mãe foi humilhada, Dominic. Expulsa como se fosse a vilã, quando tudo isso… foi manipulação.
— E agora você pode fazer justiça — ele afirmou, com determinação. — Com isso e com o apoio dos acionistas que já estão desconfiando de Helena.
Ela re