O dia seguinte à coletiva foi marcado por um silêncio estranho no escritório. Não havia sussurros, nem comentários maldosos — apenas olhares surpresos, alguns admirados, outros carregados de reprovação.
Isadora entrou na empresa com a cabeça erguida. Estava pronta para lidar com qualquer consequência. Ao cruzar a recepção, percebeu que algo havia mudado. Os rostos pareciam menos hostis. Havia até mesmo quem sorrisse com respeito.
Dominic, por sua vez, passou a manhã em reuniões com o conselho administrativo. Seus argumentos na coletiva haviam sido fortes, mas isso não significava que todos estavam convencidos.
— A atitude foi corajosa, Dominic — comentou um dos conselheiros mais antigos, cruzando os braços. — Mas você mexeu em um vespeiro. A imagem da empresa está nas manchetes e nem todos os investidores gostam de ver romance misturado com negócios.
Dominic assentiu.
— Eu compreendo. Mas também acredito que chegou a hora de mudar essa cultura interna. Seremos uma empresa melhor se no