A manhã chegou com um silêncio diferente. Era o tipo de silêncio que não incomodava, mas dizia tudo. Isadora despertou com o calor do corpo de Dominic ao seu lado, o braço dele envolvido em sua cintura, como se temesse que ela desaparecesse se ele soltasse.
Ela não queria se mover. Não queria que a magia da noite anterior evaporasse com o nascer do sol. Por um instante, permitiu-se apenas sentir. O peso do corpo dele, o som do respirar tranquilo, o cheiro amadeirado que impregnava os lençóis.
Mas a mente não demorou a voltar ao mundo real.
Ela virou-se devagar, encontrando o rosto sereno de Dominic, ainda dormindo. Como podia aquele homem, tão intenso e cheio de domínio, parecer tão vulnerável ali, deitado ao seu lado?
Uma parte dela queria congelar aquele momento. A outra, queria fugir antes que tudo desmoronasse.
Ela levantou-se em silêncio, pegando uma camisa dele jogada no chão e vestindo-a com cuidado. Caminhou até a cozinha e começou a preparar café, como se aquele gesto fosse s