O sol de Montserra parecia diferente naquela manhã. Mais brilhante, mais quente. Ou talvez fosse apenas Helena que agora via o mundo sob uma nova perspectiva.
Ela caminhava firme pelos corredores da empresa, cabeça erguida, salto ecoando com elegância e imponência. Os olhares se voltavam para ela — alguns de admiração, outros de puro respeito... e até de medo.
Funcionários que antes a ignoravam agora abaixavam a cabeça ou se apressavam para cumprimentá-la.
— Bom dia, senhora Martins. —
— Doutora Helena, precisa de algo? —
— Posso ajudar em alguma coisa? —
Ela apenas sorria de canto, mantendo a postura.
A mulher submissa e invisível que aceitava migalhas... tinha ficado no passado.
Na sala de reuniões, Leonardo a esperava de pé, ao lado da mesa, com aquele olhar que só ele tinha: arrogante para o mundo, mas absolutamente vulnerável quando pousava sobre ela.
— Achei que você não ia aparecer. — Disse ele, cruzando os braços, tentando esconder o sorriso.
Helena arqueou uma sobrancelha, se