A mensagem ficou piscando na tela do celular por longos segundos.
Helena encarava aquelas palavras como se fossem veneno escorrendo pelas bordas da realidade que ela começava a reconstruir. O passado insistia em tentar derrubá-la… mas agora ela estava de pé. E armada.
Bloqueou o número.
Respirou fundo.
Pegou o celular novamente e digitou para Júlia:
“Recebi uma mensagem anônima. Alguém está tentando me ameaçar.”
A resposta veio quase imediata:
“Tem cheiro de Isadora. Ela deve estar surtando com seu nome nos sites e colunas de fofoca. Quer que eu investigue?”
“Sim. E vê se descobre com quem ela anda se encontrando.”
Helena sabia que Isadora não era só fútil e mimada. Era ardilosa. E se achava invencível.
Mas o tempo da submissão tinha acabado.
No final da tarde, ela se preparava para sair do escritório quando foi surpreendida por Leonardo na porta de sua sala.
— Posso te levar pra casa? — ele perguntou, casual, mas havia algo mais nos olhos dele.
— Está preocupado comigo?
— Eu ficaria