O dia amanheceu cinza, abafado. Sem sol, sem vento. Um silêncio estranho tomava os corredores da base.
Helena acordou sobressaltada. O comunicador ao lado da cama estava desligado — mesmo com a bateria cheia. O painel da parede piscava com um erro de inicialização. Quando saiu do quarto, os corredores estavam… vazios demais.
Ela apertou o botão de emergência. Nada. Nenhum sinal. Nenhum alarme. Nenhuma resposta.
— Eva? Noah? — chamou.
Silêncio.
Na ala médica, Eva dormia com a cabeça sobre a mesa. Tinha passado a noite analisando os padrões de rede. Quando despertou, sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O monitor à frente dela mostrava imagens de câmeras da base — mas todos os rostos estavam embaralhados.
Como se cada pessoa fosse um mosaico de identidades trocadas.
Ela tentou reconectar o sistema. Uma mensagem apareceu no centro da tela:
“VOCÊ NÃO SABE QUEM É.”
Ela afastou a cadeira com um salto.
— Helena?! Noah?! Alguém me ouve?!
Nenhuma resposta. Apenas o som de um zumbido… como