O silêncio no escritório de Helena era pesado, quase sufocante. Mas não era o silêncio da derrota — era o silêncio que antecede a tempestade.
Ela estava sentada em sua mesa, os olhos fixos no notebook, analisando cada detalhe dos relatórios que Rodrigo e Matheus levantaram durante a noite. Documentos, registros, extratos, fotos… o passado de Lorenzo e Sabrina estava escancarado na sua frente. E era muito mais podre do que ela imaginava.
— Bingo. — murmurou, sorrindo de canto. — Eu sabia que tinha alguma coisa aí.
Leonardo entrou na sala segurando duas xícaras de café. Ao vê-la sorrindo daquele jeito, arqueou uma sobrancelha.
— Isso é um sorriso de vitória ou de quem vai cometer um crime? — perguntou, entregando uma das xícaras.
— Talvez os dois. — Ela deu um gole no café e girou o notebook, mostrando para ele. — Sabia que o Lorenzo esteve envolvido num escândalo de desvio de verbas numa ONG há cinco anos? O processo foi abafado, mas o dinheiro sumiu.
Leonardo estreitou os olhos, cruza