A luz branca da UTI neonatal nunca se apagava. Era fria, constante, cortante — mas naquele espaço onde a fragilidade e a vida se equilibrar em fios tão finos, Evy descobria o que era amar sem medir, sem esperar.
A maternidade, mesmo que por meio da distância e da incerteza, tornava-se um ofício intrínseco a sua essência, um chamado que ela nunca soube que existia.
Os gêmeos — um menino e uma menina — eram tão pequenos que cabiam inteiros nas palmas das mãos.
Cada respiração era uma vitória. Cada movimento, um milagre que pulsava entre os limites da vida e da luta, e Evy os observava como se assistisse a um espetáculo inigualável que brotava da fragilidade deles.
Lily ficava com ela nos turnos noturnos, revezando carinhos, sussurros e preces silenciosas, mas também compartilhavam risos e histórias, enquanto aguardavam o novo dia com a esperança de que cada amanhecer fosse um passo mais perto da cura.
O som dos monitores já fazia parte