Quando eles se despediram na porta da casa da Ava, Clarence ajeitou a bolsa no ombro e lançou um olhar de canto para o filho.
— Adam… o que é que você está aprontando? — perguntou com aquela voz mansa, mas cheia de malícia materna.
Ele soltou uma risadinha, passando a mão pelos cabelos.
— Nada, mamãe. Estou investindo… na Ava.
— Investindo? — Clarence arqueou a sobrancelha.
— A senhora mesma disse que ela era uma boa moça. E que torcia por nós. Então… eu pedi uma chance. — Ele suspirou fundo. — Ontem, eu contei tudo a ela. Sobre o meu passado.
Clarence parou de andar, fixando os olhos no filho.
— Você contou tudo?
— Contei. — Ele confirmou, firme. — Cada detalhe. E pedi uma chance, de verdade.
Ela tocou no braço dele, quase incrédula.
— E ela te ouviu?
— Ouviu. E foi direta, como sempre. Disse que não é submissa, que não vai me servir de muleta. Mas aceitou se aproximar de mim como amiga. É mais do que eu poderia esperar. — Adam respirou, como se aliviado por repetir em voz alta.
— E