Ava chegou cedo como sempre, com a determinação de dar conta do serviço e sair rápido. Começou pelo banheiro do chefão, limpando tudo com pressa. Quando voltou para o escritório dele, ajeitou a mesa, passou pano nos móveis e parou.

No sofá, largados como se fossem enfeite, estavam todos os presentes: a caixa preta com a coleira e o corselet, o embrulho vermelho com os ganchos de seio e a calcinha de borboleta, e as flores fálicas já murchas ao lado da caixa de chocolates suíços.

Ela ficou parada, encarando aquela cena. Primeiro, a respiração acelerou. Depois, os olhos se estreitaram.

— Ah, não… não… não… Peraí. Esse filho da mãe… ESSE FILHO DA MÃE!!!

— Desgraçado, — murmurou entre dentes. — Então era você, armário ambulante. O dono da empresa. O poderoso chefão. Seu filho de uma cabra manca. Você acha que eu tenho cara de brinquedinho de luxo, é? Pois agora você vai aprender.

Ava terminou a limpeza em silêncio, mas a fúria queim