Terceiro Dia
No segundo dia, Ava havia voltado para casa quase orgulhosa.— Graças a Deus, Carlinha! — suspirou, jogando-se na cadeira da cozinha. — Hoje não encontrei nem o armário ambulante, nem o espeto de milho. Foi paz, minha filha. Até consegui adiantar tudo e terminar mais cedo.Decidida, prometeu a si mesma: ia acordar todos os dias às cinco da manhã, pegar dois ônibus e chegar antes de todo mundo. Assim, evitaria encontros desagradáveis e ainda sobraria tempo para cuidar da faculdade à distância.E assim fez.No terceiro dia, a rotina começou do mesmo jeito: cedo demais, friozinho da manhã, ela com o pé ainda latejando da ferida, mas firme e decidida. Chegou às seis em ponto, carrinho de limpeza em mãos, e foi passando por todos os escritórios.— Escritório do chefe? Limpo. — murmurou, com um meio sorriso irônico. — E olha só… hoje sem lembrancinhas de camisinhas. Milagre!Seguiu para o da loura caniço.— Também