O amanhecer chegou, mas parecia que a noite não havia terminado. Camila acordou com o corpo ainda colado ao de Leonardo, que a segurava como se ela fosse seu bem mais precioso... ou sua maior fraqueza. O braço dele estava sobre sua cintura, firme, possessivo, e o rosto enterrado no pescoço dela, como se buscasse refúgio no cheiro dela, no calor, na única coisa que fazia aquele mundo torto parecer ter sentido.
Por alguns minutos, ela permitiu-se apenas observar. Observar aquele homem que, de todas as formas possíveis, havia destruído e reconstruído sua vida. A barba por fazer, os traços fortes, as linhas de expressão que apareciam mais quando ele dormia. Um homem perigoso. Implacável. Mas, para ela... ele era apenas Leonardo. Seu caos. Seu lar.
Ela deslizou a ponta dos dedos lentamente sobre o peito dele, sentindo o coração bater, como se precisasse ter certeza de que aquilo tudo era real. Mas a realidade não demorou muito a bater à porta — ou melhor, no celular de Leonardo, que começo