O clima dentro da sala se tornou denso, como se cada palavra dita entre Camila e Rodrigo fosse uma faísca lançada em um ambiente saturado de gasolina. O silêncio de Leonardo já não era mais apenas cautela — era contenção. A fúria em seus olhos queimava como uma tempestade contida atrás de uma muralha de gelo.

— Temos quinze minutos antes de eles chegarem ao perímetro — disse Thomas, encarando Leonardo em seguida. — Você sabe quem são.

Leonardo assentiu com um suspiro tenso.

— Aqueles que nunca aceitaram a queda dos antigos impérios. Eles acreditam que o sangue deve governar, não as escolhas.

Camila olhou de um para o outro, o coração acelerando.

— O que isso significa?

Rodrigo, ainda com o copo de conhaque em mãos, respondeu com uma naturalidade assustadora:

— Significa que você tem um alvo nas costas desde que nasceu. E que os que vêm agora, não vêm por mim. Vêm por você.

Camila sentiu o frio da montanha cortar seu estômago. Leonardo aproximou-se e segurou sua mão.

— Eles querem apag