A noite em Al-Qadar parecia ter engolido o próprio céu. As estrelas estavam ausentes, ocultas por uma camada espessa de nuvens que pairavam como um presságio silencioso. No galpão abandonado nos arredores da zona industrial, o concreto exalava o cheiro de óleo, ferrugem e esquecimento. Era o cenário ideal para quem queria desaparecer — ou ser caçado.
Zayn mantinha os olhos fixos nas imagens transmitidas em tempo real pelas microcâmeras posicionadas por Lasmih. Do alto de um prédio vizinho, Kareem observava a movimentação ao redor com binóculos de visão noturna, enquanto mantinha contato direto pelo canal seguro do rádio.
— Nada de anormal até agora. — A voz dele soou firme, mas contida. — Bassam está lá dentro. Está sozinho. Ou quer que pensemos que está.
No andar subterrâneo do palácio, transformado temporariamente em sala de comando, Isabela acompanhava tudo com os olhos cravados nas múltiplas telas diante dela. Mapas térmicos, rastreadores, fluxos de entrada e saída de comunicação