Isabela havia voltado à sua sala, mas a conversa com o Sheik ainda ecoava em sua mente.
“Isso só mostra que você é alguém que cuida de quem ama... É uma qualidade rara.”
Aquelas palavras, ditas com um olhar direto e uma voz mais baixa que o usual, pareciam ter aberto uma fresta perigosa entre ela e o homem que até então representava autoridade absoluta. Era sutil, mas inegável: algo entre eles estava mudando.
Ela respirou fundo e iniciou a revisão dos contratos solicitados. As pastas eram densas, datadas e muitas haviam sido assinadas por intermediários ligados diretamente ao setor de Yahya. O nome de um tal de Samir Nabhan apareceu mais de uma vez, sempre como responsável por remessas de tecnologia e maquinário. Ela fez uma nota mental e continuou.
Às 11h30, Lasmih entrou discretamente na sala, trazendo consigo dois cafés em copos de porcelana com tampa.
— Trouxe isso antes que você entre em colapso. — disse, entregando um dos copos com um sorriso.
— Você é um anjo, Lasmih. — Isabela