A foto de Elyas ainda queimava no telão quando a noite caiu sobre o palácio. Do lado de fora, o vento levantava grãos de areia e riscava o céu com um som fino, quase de corda tensa. Por dentro, era outra tensão que vibrava.
Zayn fechou as persianas, desligou tudo que não fosse essencial e, com um gesto breve, pediu a Kareem que recolhesse os documentos. Lasmih guardou as pastas como quem dobra um mapa que ainda vai ser aberto mil vezes. Isabela, imóvel por um instante, manteve os olhos naquele amuleto simples que repousava no pescoço do homem da foto — um círculo de metal com um nó gravado no centro.
— Se ele não quiser ser encontrado? — ela perguntou, finalmente, sem erguer a voz.
— Então a gente para — respondeu Zayn, honesto. — Mas, até ele dizer isso, a trilha é nossa.
O interfone do computador piscou discreto. Idris.
— Estou com vocês — disse o hacker, o sotaque árabe roçando palavras em italiano, lá de Roma. — Fiz uma varredura de padrão no amuleto. Não é só um pingente. É um se