O som da porta girando na maçaneta pareceu mais alto que o vento noturno.
Zayn estava de costas, parado à beira da piscina, como se o reflexo da água fosse o único ponto de calma que restava no mundo. Quando ouviu o estalar da dobradiça, virou-se devagar.
O choque nos olhos dele era quase palpável. Parecia que tinham passado semanas. Tinham sido horas.
— Oi — disse, baixo, rouco.
Isabela franziu as sobrancelhas.
— O que faz aqui?
Ele deu um passo.
— Fiquei sabendo do sequestro do seu irmão.
Ela cruzou os braços, um escudo antigo.
— Sim… obrigada pela “ajuda”. Sei que tem dedo seu nisso, mas não usei o seu dinheiro. A Las já devolveu. E o Enzo está bem — não graças a você ou sua família de loucos, desculpa seu irmão é um louco. Então, obrigada pela visita, sheik Zayn Al-Rashid, tenha uma boa noite e não precisava sair de Al-Qadar pra vir até aqui.
Ela começou a se virar. O toque dele a deteve: dedos quentes, urgência contida, nenhuma força para ferir.
— Me escuta, Isabela. Só me escuta