Capítulo 188

O som da porta girando na maçaneta pareceu mais alto que o vento noturno.

Zayn estava de costas, parado à beira da piscina, como se o reflexo da água fosse o único ponto de calma que restava no mundo. Quando ouviu o estalar da dobradiça, virou-se devagar.

O choque nos olhos dele era quase palpável. Parecia que tinham passado semanas. Tinham sido horas.

— Oi — disse, baixo, rouco.

Isabela franziu as sobrancelhas.

— O que faz aqui?

Ele deu um passo.

— Fiquei sabendo do sequestro do seu irmão.

Ela cruzou os braços, um escudo antigo.

— Sim… obrigada pela “ajuda”. Sei que tem dedo seu nisso, mas não usei o seu dinheiro. A Las já devolveu. E o Enzo está bem — não graças a você ou sua família de loucos, desculpa seu irmão é um louco. Então, obrigada pela visita, sheik Zayn Al-Rashid, tenha uma boa noite e não precisava sair de Al-Qadar pra vir até aqui.

Ela começou a se virar. O toque dele a deteve: dedos quentes, urgência contida, nenhuma força para ferir.

— Me escuta, Isabela. Só me escuta
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