O coração de Isabela batia errado — não de susto, de memória. Cada palavra que ele tinha dito rodava nela como faca e cura ao mesmo tempo.
Zayn continuava ajoelhado. Silêncio de ritual. Água parada. Noite suspensa.
Ela deu dois passos. Parou diante dele. O cheiro de cloro da piscina, a flor de dama da noite no muro e o perfume dele. A voz saiu firme, mas não dura — verdade não precisa gritar.
— Chegou tarde, senhor Al-Rashid — Uma pausa curta. — Mas chegou.
Ele não se moveu.
— Você me quebrou. — Ela tocou o próprio peito com dois dedos. — Aqui. Quando calou. Quando preferiu “teste” a mim. Quando deixou alguém editar a sua covardia em cima da minha verdade. Eu fui embora porque me recusei a ser a mulher que você decidiu temer. Eu fui embora porque aprendi que se não for, serei quebrada e humilhada.
Ela respirou, controlando a maré por dentro.
— E ainda assim… eu estou aqui. Porque fugir também é fácil. Difícil é ficar e por regra no que ama.
Ela ergueu o queixo, mandou sem levantar a