A primeira coisa que Zayn sentiu foi o peso na cabeça. Não apenas a dor latejante da ressaca — essa ele conhecia bem — mas o peso real, como se tivesse dormido com uma pedra sobre o crânio.
O quarto estava escuro. As cortinas fechadas, a luz apagada. E ainda assim, no meio do ar abafado, havia um cheiro… o cheiro dela. Fraco, quase se dissipando, mas presente. Um fantasma doce e cruel que se agarrava aos sentidos.
E, como se não bastasse, as palavras ditas na noite anterior ainda latejavam tanto quanto a dor na cabeça. Frases que um homem só deixa escapar quando o álcool dissolve a armadura… mas que, mesmo sóbrio, ele sabia serem verdades que nunca teria coragem de negar.
Ele se sentou devagar, pressionando a têmpora com os dedos. O estômago embrulhou, e um gosto amargo subiu à boca. Olhou ao redor. O caos da noite anterior ainda estava ali — joias, roupas, pedaços de móveis quebrados. Mas o que mais doía não eram os objetos destruídos… era perceber que ela ainda estava em cada detalh