Quando a porta se fechou, o som ecoou no quarto como um disparo à queima-roupa.
Não era apenas madeira batendo. Era o estampido de tudo que ele tinha e que, num segundo, deixou de ser dele.
Zayn ficou parado, ombros tensos, olhando para o colar sobre a mesinha. Aquele maldito ponto final brilhava como se zombasse dele. Poderia correr atrás, chamá-la… mas as pernas não obedeciam. Não por falta de vontade — mas porque sabia que não merecia.
O peito queimava. Não era orgulho ferido. Era o vazio, um buraco onde antes existia algo que sustentava seu mundo.
O olhar caiu sobre a cama: joias, dinheiro, o contrato aberto. Tudo espalhado como cena de crime. E o assassino estava ali, respirando fundo para não explodir.
A mão fechou sozinha no abajur e ele o atirou contra a parede. O estilhaço abriu caminho para outros: a garrafa de uísque da mesa lateral, a pasta preta onde guardava segredos, o cinzeiro de cristal. Tudo no chão. Tudo como ele por dentro — quebrado.
— Idiota… — rosnou baixo, a vo