A água mordeu primeiro e depois virou abraço. Zayn conduziu, sempre, como se o oásis fosse extensão do corpo dele. Mergulhava até a metade, trazia Isabela junto, fazia-a subir na ponta dos pés, prendia-a num círculo de braços e silêncio. O beijo vinha quando ela respirava fundo — roubando-lhe o ar de propósito — e se afastava quando ela já o queria de volta.
— Mais perto — ele pediu, sem elevar a voz.
Ela encostou a testa na dele; as mãos dele desceram pela coluna, um trilho quente sob a água fria. O mundo reduziu-se ao som do lago, às palmeiras farfalhando, ao coração dos dois batendo num compasso teimoso, rápido demais para quem fingia calma.
Quando saíram da água, o sol começava a inclinar. A areia grudou nos tornozelos, morna como pele viva. Zayn a envolveu num tecido leve e escuro, secando-a como quem guarda um tesouro. Depois, amarrou o próprio lenço na cintura e entregou-lhe uma fruta cortada em duas.
— Come — ordenou, mas o tom tinha sorriso.
Ela mordeu. O suco escorreu pelo c