O sol mal despontava sobre os prédios de São Paulo quando a rotina diplomática daquele terceiro dia começou. Na embaixada, o som abafado dos passos de seguranças nos corredores se misturava ao tilintar suave das xícaras de porcelana sendo organizadas para o café da manhã reservado.
Zayn Al-Rashid estava sentado no salão privado da embaixada, diante de um tablet onde lia relatórios e trocava mensagens cifradas com o Ministro de Energia de Al-Qadar. Apesar da aparente calma, havia algo diferente em sua postura: um foco novo, um plano que amadurecia em sua mente.
Do lado de fora, Kareem falava ao telefone em árabe com voz baixa, coordenando um pagamento confidencial. Zayn havia solicitado, sem qualquer pompa, que todas as dívidas médicas da senhora Amélia Vasquez fossem quitadas e os medicamentos para fibrose pulmonar entregues de forma mensal à casa dela. A ordem fora clara: "Ela não deve saber que fui eu. Ainda não."
Enquanto isso, Isabela se arrumava em seu quarto. A noite anterior ai