O sol já havia se inclinado no céu quando Zayn e Isabela retornaram do passeio pela vila. O caminho de volta foi silencioso, não por falta de assunto, mas porque parecia que cada um carregava pequenas lembranças do dia, guardadas com cuidado para não se dissiparem.
Assim que entraram pela varanda, um aroma espesso e envolvente tomou conta do ar — uma mistura de especiarias, algo levemente adocicado e uma nota picante que parecia quase vibrar no ar.
Kênia estava na cozinha, mexendo uma panela de barro com a concentração de quem guarda um segredo de família. O vapor subia em espirais lentas, carregando um perfume que fazia o estômago se contrair antes mesmo de entender do que se tratava.
— Bem a tempo — disse ela, sem virar o rosto. — Estava só esperando vocês para servir.
Isabela trocou um olhar com Zayn, que arqueou uma sobrancelha de forma quase suspeita.
— E o que exatamente você está aprontando, Kênia?
— Receita antiga. — Ela soltou um riso baixo. — Dizem que desperta todos os sent