O relógio marcava pouco depois das três da madrugada quando Zayn entrou no escritório do palácio. As luzes estavam baixas, mas o brilho dos monitores iluminava o ambiente com um tom frio e implacável. O casaco foi lançado sobre a poltrona ao lado, e o semblante do Sheik já não trazia vestígios do carinho que havia deixado no quarto momentos antes.
Ele era novamente o homem que todos temiam.
Kareem o aguardava, com o tablet em mãos, olhos fixos na tela.
— As primeiras análises estão prontas. — disse ele, direto ao ponto.
— Fale. — Zayn sentou-se à frente dos monitores, cruzando os braços.
Kareem projetou na parede um documento parcialmente corrompido, recuperado do chip escondido na mandíbula de Bassam. A imagem era de um contrato digitalizado, com carimbos e assinaturas criptografadas, alguns trechos em árabe e outros em francês.
— Isso é um contrato? — Zayn franziu o cenho.
— Sim. Foi emitido por uma firma de fachada chamada Nouvel Arpège, sediada no norte da África, mas com ramifica