O sol acordou antes da cidade. No terraço da antiga administração, o vento do porto subia cheiro de sal e metal. Mapas abertos, rádios em duas línguas, termos de café, listas com setas tortas. Idris, no viva-voz desde Roma, soava perto.
— Lua Quatro confirmada: poço de ventilação dos depósitos de tinta; meia-lua grafada no verso da grade, lado oeste — disse.
Zayn passou o indicador pelo mapa como quem mede pulso.
— Alfa comigo: Isabela e Elyas. Bravo com Kareem: fecha perímetro e evacuação. Charlie com a Guarda Vermelha: rotas civis. Lasmih, água e escola. Sem correria, sem boato.
— Recebido — respondeu Lasmih, já repassando pontos no rádio.
Isabela prendeu o cabelo num elástico, encostou o ombro no de Zayn.
— Sem bravata, combinado?
— Combinado — ele assentiu, sorriso breve. — E você não sai do meu campo de visão.
Foram.
---
O poço de ventilação ficava entre dois depósitos de portas enferrujadas. A grade remendada parecia intocada há anos. Isabela ajoelhou, passou a lanterna. Lá esta