A manhã nasceu sem delicadeza. O palácio já estava desperto muito antes do sol, e a ala administrativa parecia um formigueiro em marcha. Idris, de Roma, mantinha a linha segura aberta; Hanin revisava, pela enésima vez, o dossiê clínico de Isabela e a extração do microchip; Kareem organizava pastas e atas; Lasmih alinhava comunicados, frases e silêncios.
Zayn atravessava tudo isso como uma tempestade lúcida. Não havia pressa — havia direção.
— Cadeia de custódia? — perguntou, sem tirar os olhos da tela, onde o conteúdo do chip — limpado, duplicado e lacrado em cofre a vácuo — se desdobrava em árvores de evidência.
— Impecável — respondeu Hanin. — Extração registrada em vídeo contínuo, perícia em duplicata. Assinado por mim, por Idris e pelo procurador-geral.
— Três cópias em mídia fria, sem espelhos automáticos — acrescentou Idris, no alto-falante. — Uma no cofre do palácio, outra na Procuradoria, a terceira no banco suíço. Criptografia de camada dupla. Se alguém abrir, vocês ficam sab