Capítulo 5 - Você, de NOVO?

MOLLY

— Melany não precisa de um pai e nem eu de um... Homem. — Suspirei ao dizer para Pierre, que se abanava com um leque grande e com as cores do arco-íris — Já tive problemas demais a vida toda com homens para ter certeza de que não preciso de mais um. E você... Trate de se controlar! O candidato era sim um rapaz interessante, mas...

— É? Ele era interessante? — Pierre sussurrou interessado, apoiando os cotovelos sobre a mesa para me ouvir melhor. Cruzei os braços e rodei os olhos — Fiquei sabendo pelas meninas que tinha um cara gato, alto e sarado no escritório, mas não sabia que era para ser seu secretário. Conte- me como ele era... Você tem o endereço dele?

— Ele não era gay, Pierre! — Ele pareceu não alterar em absolutamete nada seu interesse após ter a informação — Nem era tão bonito. Tinha cabelos castanhos, um e noventa de altura, olhos esverdeados, forte, atlético e usava bom perfume — Pierre ergueu uma sobrancelha, afrontando-me — Tudo bem, seu tratante, eu admito! O homem era sim um gostoso, mas e daí? Com certeza era tão tarado quanto às outras secretárias e colocaria fogo nesse escritório com todas as mulheres desejando ele! As meninas pirariam com sua presença, inclusive você, que sequer se contém só pela descrição do sujeito...

— Não seja boba! Inclusive você também gostou, não é, minha rainha? Quem é que resiste a um homem bonito, alto e cheiroso?

Quando Pierre gargalhou após jogar a verdade em minha cara, a frase "Foi exatamente por isso que o dispensei. Porque é um homem interessante!" surgiu em minha mente no mesmo instante.

Separei os lábios para responder, mas gritos começaram a invadir os ambientes, vindos do lado de fora da sala. Gritos de criança!

Assim que pensei na possibilidade de ser Mel, a única criança que poderia estar naquele escritório, sai correndo junto a Pierre. Nós dois abrimos a porta e caminhamos apressadamente até a aglomeração de pessoas. Quase todos os empregamos estavam rodeando alguém em meio a sala. Alguém que gritava de maneira desesperada e dolorida.

No momento em que vi minha filha com a perna quebrada berrando ao chão, quase tive um colapso nervoso. Parecia mentira ver Melany em tal situação, principalmente ao constatar que os terríveis gritos vinham dela. Tratava-se de um pesadelo, certamente, por isso afastei todos e não pensei em nada ao me ajoelhar ao lado dela sem saber o que fazer.

Minha filha estava ferida!

— Melany? Oh meu Deus! O que foi que aconteceu? Mamãe está aqui! — Sem saber onde tocá-la, comecei a me desesperar aos poucos, sendo invadida por calafrios a cada grito de dor que minha filha proferia ardentemente.

— Não mexa nela! — Quando olhei para cima através de algumas lágrimas que desciam por meu rosto, avistei Alexander - sim, o candidato! - ajoelhado do lado oposto de Mel e segurando a perna ferida imobilizada.

— O que você está fazendo aqui? — cuspiu as palavras cheias de raiva e Pierre afastou as pessoas que nos assistiam de maneira nervosa — Me explique, candidato dispensado, o que você está fazendo aqui?

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