Ethan

Eu não consigo mais lembrar direito como era dormir sem um nó na garganta. Faz um mês que essa merda começou a ruir em cima da gente e, pra ser sincero, cada dia tem sido uma prova de resistência — não só minha, mas da Diana, da dona Glória, de todo mundo que está perto de nós. Eu acordo pensando nela. Durmo pensando nela. E entre um café e uma ligação, penso na Meredith. É um desgaste que corrói por dentro.

Logo depois da explosão em Santorini eu prometi pra mim mesmo que ia pegar ela. Não com ódio cego, mas com método. Aprendi rápido que raiva sozinha não prende ninguém — prova prende. Por isso montei um time e puxei as rédeas pessoalmente. Não porque gosto de bancar o herói, mas porque certas coisas eu não consigo delegar. A Diana já sofreu demais. Minha obrigação é transformar a fúria em trabalho.

O primeiro passo foi blindar. Segurança 24 horas, câmeras novas, criptografia nos celulares, rotas variáveis. Trocaram os motoristas, alteramos as rotas até pra ir ao mercado. Pode