Diana
Eu sabia que tinha alguma coisa errada.
Desde o momento que ele entrou pela minha porta, de madrugada, com os olhos vermelhos e o coração na mão, alguma coisa nele estava diferente. Não era só dor, era... culpa. Um peso. E mesmo depois do abraço, mesmo depois do “eu te amo”, aquilo ainda tava ali, pendurado nos olhos dele.
A gente ficou ali, no sofá, em silêncio, com minha cabeça encostada no ombro dele. Ele parecia procurar coragem no ar, tentando organizar o que ia me dizer. Eu sentia o coração dele batendo acelerado. E então ele falou:
— Diana... eu preciso te contar uma coisa.
Me afastei devagar e encarei ele. O mundo parou. Eu sabia. Aquilo que eu vinha sentindo não era coisa da minha cabeça.
— Pode falar.
Ele respirou fundo e começou.
— A Meredite me procurou… disse que quer se casar comigo.
Meu corpo congelou.
— O quê?
Ele levantou a mão, tentando me acalmar.
— Calma. Não é o que você tá pensando. Eu não quero isso. Eu nunca quis, na verdade.
— Então por quê ela acha que