Diana
Eu estava no quarto de hóspedes, com o menino deitado no meu colo. A casa estava silenciosa, só o som baixinho da respiração dele preenchia o ar. Eu passava a mão devagar pela cabecinha macia, tentando guardar cada detalhe, cada gesto pequeno, cada suspiro. Ele era tão tranquilo quando dormia, tão inocente, tão dependente de mim… parecia que o mundo inteiro se resumia àquele instante.
Meu coração já doía antes mesmo de qualquer notícia. Eu sabia que, em algum momento, alguém viria. Eu não tinha direito de tê-lo para mim, mas… como explicar para o coração que não se tratava de direito, mas de amor?
O som da campainha me fez estremecer. Apertei o bebê contra o peito, como se pudesse escondê-lo ali. Minutos depois, ouvi passos no corredor, vozes abafadas. E então, a porta se abriu.
Era a assistente social, acompanhada de dona Glória. O rosto dela estava sério, profissional demais, como quem se preparava para dar um golpe duro.
— Diana… — começou ela, em tom calmo. — Eu preciso conv