Meredite
Cruzei as pernas devagar, a caneta Montblanc girando entre meus dedos, enquanto fitava a tela do notebook à minha frente. O e-mail ainda estava aberto, e eu reli cada palavra como se pudesse arrancá-las do monitor pela força do meu ódio:
“Recurso aceito. Processo em análise.”
Soltei uma risada seca. É sério que ele teve coragem? Ethan... sempre tão previsível na teimosia.
Deixei a caneta cair sobre a mesa de vidro e apoiei as mãos no tampo frio, inclinando-me para frente. Respirei fundo, tentando controlar a onda de raiva que subia pelo meu corpo. Eu não me lembrava da última vez que alguém tinha conseguido me tirar do eixo assim. Não fazia sentido. Ele não era nada. Era só um CEO arrogante, mais um homem convencido de que poderia comandar qualquer coisa. Eu transformara tantos como ele em poeira. Mas com Ethan...
Eu sorri sozinha, um sorriso frio e cheio de veneno. Ethan tinha algo diferente. Não era amor — Deus me livre disso. Não era desejo. Era o prazer do jogo. A adrenal