Diana
Eu sempre imaginei que o dia da minha despedida de solteira seria algo simples, só umas amigas, música e bebida. Mas não, claro que não. Sierra tinha que transformar isso num espetáculo digno de Vegas, mesmo estando em São Paulo. E adivinha quem é a estrela da noite? Eu.
Fico me encarando no espelho pela décima vez, tentando decidir se o vestido vermelho é ousado demais. Quer dizer… eu já vou casar. O que um decote a mais ou a menos pode mudar? Mas minha mãe sempre disse que vermelho é “cor de mulher perigosa”. Talvez seja isso mesmo que eu queira passar hoje. Uma noite pra ser perigosa, antes de virar oficialmente a “senhora responsável”.
Passo batom devagar, prestando atenção em como meus lábios ficam carnudos com aquele tom carmim. Parece até que brilha de propósito, chamando atenção. Dou uma risadinha sozinha — eu sempre faço isso quando tô nervosa, começo a rir das minhas próprias inseguranças.
— Anda logo, Diana! — a voz da Sierra ecoa do quarto. — Você não tá indo pra um