Mundo de ficçãoIniciar sessãoEm transe, essa é a única maneira de descrever como eu me sinto.
Meu devaneio e moreno, alto e com profundos e intensos olhos azuis.
Quando o carro me jogou no chão eu não esperava que o próprio Apolo desceria do carro para me ajudar, ele usava um terno preto que destacava sua pele levemente bronzeada, junto com a camisa branca e a gravata em um tom escuro de azul, seus olhos pareciam safiras brilhantes. Aquele homem definitivamente me faria molhar a calcinha com apenas uma piscada.
— Greta você está bem? — Pergunta minha mãe apreensiva. — Você está machucada?
— Calma mãe, eu estou bem, o carro bateu fraco não foi nada demais. — Falo me soltando das mãos dela. Minha mãe podia ser super protetora até demais as vezes.
— Senhora Irving o carro já está lá fora. — Anuncia Luke entrando no salão.
— Obrigada Luke, Greta você está realmente bem? — Pergunta minha mãe pela decima vez, ela analisa meu rosto em busca de algum ferimento ou algo do tipo.
— Eu já disse que não foi nada mãe, eu estou bem. — Protesto me levantando. — Vamos eu ainda tenho que comprar um vestido.
Após sair do salão com os cabelos feitos e unhas pintadas a perfeição, vamos para até uma loja da Dior na quinta avenida onde compro um vestido verde esmeralda, com aplique de pedras nas mangas que vão até o cotovelo, a saia exibia um bordado encima do tafetá verde que ia até um pouco abaixo dos joelhos. Para completar o look, comprei um par de sapatos de couro preto Louboutin.
Eu e minha mãe terminamos nossa maratona de compras, seguimos para o Sweet Cakes. O local era de Gemma, madrasta de Seraphine. Elas decidiram abrir o negócio juntas, o que foi um grande passo, já que Gemma teve que se mudar par NYC. Minha mãe sempre ia até lá quando estava na cidade, era uma tradição quase. Durante todo o caminho me pego pensando no homem que me atropelou, meus pensamentos se perdem nos profundos olhos azuis dele, sinto minha pele se arrepiar com a lembrança do toque dele. Balanço minha cabeça tentado me livrar desse devaneio, mas o rosto dele não sai da minha mente.
Quando chegamos ao Eataly, encontramos Gemma e Seraphine. Gemma é esposa de Silvio, o segurança do meu pai e meu padrinho. As vezes minha mãe fala que sem Silvio meu pai não seria nada. Eu credito nisso pelo fato de Silvio ser uma das únicas pessoas que meu pai confia para tudo, seja para reclamar sobre mim ou escolher todos os seguranças.
Juntas andamos até onde a mesa onde minha cunhada nos espera, ela logo sorri e avisa Gemma.
— Abigail, Greta, que bom ver vocês novamente! — Diz Gemma se levantando e vindo em nossa direção, ela primeiro abraça minha mãe e depois me dá um beijo na testa e um forte abraço. — Parece que se passou uma década que não nos vemos.
— Gemma que bom que você pode vim, estava morrendo de saudade de você. — Fala minha mãe a abraçando. — Você deveria voltar a Seattle, Silvio e eu morremos de saudades.
— Gemma também é bom te ver. — Digo dando um beijo no rosto de Gemma e vou até Seraphine — Você sem dúvidas é a cunhada mais fofoqueira que existe neste mundo.
— Não comece Greta, eu tinha que contar para o Timmy. — Diz Seraphine acenando para minha mãe. — Abigail que bom a ver em Nova York, o senhor Irving veio também? — Pergunta a sem vergonha se desviando do assunto. Eu a fuzilo com o olhar enquanto vamos até a mesa e nos sentamos.
— Conrad veio e seu pai também, Timmy já teve ter comentado sobre o leilão de amanhã, eles estão ansiosos por esse evento. — Minha mãe fala revirando os olhos, algo que ela quase nunca faz.
— Sim, ele me pediu para acompanha-lo. — Responde Seraphine sorrindo. Ainda me espanta o fato de Timmy ser noivo dela, Seraphine e quase 5 anos mais velha do que ela, mas mesmo assim ele a conquistou. Uma vez meu irmão me contou que se apaixonou por ela quando tinha apenas 5 anos e ela 10, embora eu ache isso bem estranho uma criança se apaixonar, mas ele sempre e bem decidido quando o assunto é ela.
— Como estão os preparativos para o casamento? — Pergunta minha mãe para Seraphine.
— Não! Vocês não irão ignorar o fato de Seraphine ter me dedurado para o Timmy sem ao menos dá uma bronca nessa fofoqueira. — Protesto olhando para Seraphine que me encara com um olhar rígido. — Não me olhe assim Seraphine, eu não contei nada para ninguém sobre aquele assunto, não foi justo você falar sobre esse assunto, ainda mais com o Timmy!
— Que assunto? — Questiona minha mãe olhando para nós duas com bastante atenção.
— Greta você prometeu! — Exclama Seraphine furiosa.
— Nada mãe. — Falo me arrependendo de ter tocado no assunto.
— Seraphine não minta para mim, eu conheço muito bem vocês duas. — Insiste minha mãe. — Que assunto seria tão importante ao ponto de precisar de uma promessa.
— Obrigada Greta. — Fala Seraphine entre dentes. — Eu não queria contar antes de ter certeza. — Gemma e minha mãe olham para Seraphine com uma cara de apreensão. — Eu posso está grávida, mas é apenas uma suspeita. — Revela Seraphine por fim.
— Oh meu Deus, você quer dizer que eu serei avó? — Pergunta minha mãe com um grande sorriso.
— Pelo que tudo indica sim. — Uma avalanche de parabéns e lagrimas se inicia, Gemma e minha mãe ficam radiantes com a notícia e logo tudo é esquecido, a fofoca de Seraphine, meu acidente e tudo mais. A única coisa que sobra é a alegria de nossas mães e meu descontentamento por Seraphine escapar ilesa do que fez.







