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POV JOSÉ EDUARDO

Se a Catarina achava que me faria de otário como a Júlia fez, estava muito enganada.

Não, eu não seria novamente um fantoche de uma garota por quem me apaixonei.

O celular apitou no bolso. Senti vibrar.

“Posso saber o que houve? É por causa de eu ter ido ver a Cecília?” — dizia a mensagem da Catarina.

Até pensei em responder:

“Ainda pergunta, porra? Acha normal uma garota que namora ficar sozinha com um cretino por aí? Eu não sou teu homem? Você não é MINHA?”

Mas, ao reler, desisti. Escrevi apenas:

“Depois falamos. Boa noite.”

O celular não vibrou mais.

Eu queria afastar aquelas lembranças do dia em que fui ao trabalho da Júlia e a vi saindo com o colega. Aos beijos com ele.

E o anel que comprei? Hein? Eu ia pedir aquela vadia em casamento. Eu seria um otário nas mãos dela.

E se a Catarina quisesse fazer o mesmo? Me iludir, brincar com a minha cara?

— Merda... Eu também não posso ficar comparando as duas! Mas que se foda. A Catarina sabe muito bem como eu sou. Ela dev
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