༺ Amara wild༻
O sol entra pela fresta da cortina e me acorda com aquela luz teimosa. Ainda me sinto grogue, os calmantes que o Enzo me deu ontem pesam nas pernas e na cabeça.
Demoro alguns segundos até entender onde estou; o quarto gira devagar, sinto o gosto dos remédios na boca. Tento erguer o corpo devagar, mas uma pontada de medo me aperta o peito antes mesmo de chegar à borda da cama.
Continuo tonta e agora fraca, porém preciso reagir. Tenho que ficar forte e arrumar uma maneira de saber onde meus filhos estão se ninguém os encontrou.
A porta se abre num ranger familiar e vejo o Domenico entrar primeiro, seguido pelo Luca. Meu coração bate rápido, como se quisesse fugir do meu peito.
— Cadê os meus filhos? — pergunto antes que a voz se forme direito, e o meu próprio tom soa menor do que eu queria. — Conseguiram encontrá-los?
Eles trocam um olhar. Domenico faz um gesto para Luca; há cansaço no rosto dos dois que dói mais que qualquer coisa.
— Ainda não — responde o Domenico, aprox