༺ Amara wild ༻
Quando despertei o ar do quarto parece pesado só há sobra um silêncio que corta. Ando de um lado para o outro como se o movimento pudesse arrancar uma pista do ar.
Há vozes lá fora, passos, coisas a acontecer, e eu só tenho uma pergunta que repete no peito: onde estão os meus filhos? A louca que os tomou tem de estar em algum lugar; resta descobrir onde.
A bandeja que o Pietro deixou ainda repousa sobre a mesinha. Frutas brilhantes, iogurte, um copo de suco. Não encosto. O estômago recusa. Comer me parece traição ao instinto que puxa para um único objetivo: trazê-los de volta.
Sento-me na beirada da cama, apoio o rosto nas mãos e as lágrimas descem, quentes e sem freio. O quarto gira entre sofrimento e ansiedade; cada minuto que passa pesa como chumbo.
Meu celular vibra na mesa com um som seco. Olho para a tela sem coragem, a notificação acesa. Uma mensagem, anônima, curta, fria. Abro. O texto me acerta como um tapa:
“ Se você quer ver os seus filhos de novo, siga as mi