༺ Amara Wild ༻
O tempo parecia correr rápido demais. As vozes ao meu redor se misturavam em ecos distantes, rostos aflitos, mãos se movendo numa pressa que eu não conseguia acompanhar.
Enzo inclinou-se sobre mim, aplicou uma medicação na veia e, de repente, a dor intensa que me rasgava foi sendo abafada. O alívio veio, mas junto com ele uma sonolência esmagadora.
Minhas pálpebras pesaram, meu corpo ficou mole, como se fosse perder o controle a qualquer instante. Ainda ouvi alguém perguntar, com desespero, se eu iria morrer. Não consegui responder.
O som ficou distante, como se fosse engolido pelo vazio. Vi apenas algumas luzes tremeluzindo acima de mim, talvez já fosse o teto de um hospital. Uma voz ecoou próxima ao meu ouvido:
— Fique firme, vai dar tudo certo. Aguenta.
Depois disso, tudo escureceu.
Quando despertei, o ambiente já era outro. O silêncio dominava, interrompido apenas pelo som de máquinas discretas. O quarto estava iluminado de forma suave, e um vaso de flores frescas e