༺ Amara Wild ༻
O café da manhã segue tenso e silenciosamente lascivo. Os quatro continuam me observando com intensidade, como se cada gesto meu fosse um pecado imperdoável que eles não veem a hora de cometer de novo.
Levo uma colherada de salada de frutas à boca, sentindo a doçura da manga se misturar com o azedinho do kiwi. Um toque de frescor.
Eles acompanham tudo. Seus olhares flamejantes, desejosos, perigosos. A tensão entre nós pulsa no ar. E então...
Ding dong.
O som da campainha interrompe a quietude carregada do ambiente. Ao longe, ouço Laureta discutindo com alguém.
Inclino ligeiramente a cabeça, tentando captar o que está acontecendo. As palavras dela saem rápidas e alteradas:
— Você não pode entrar desse jeito! Tenho que avisar os meninos primeiro!
— Eu vou entrar sim! Já morei aqui, não preciso de autorização! Sai da frente, Laureta!
Domenico repousa o guardanapo na mesa, o maxilar travado. Seus olhos me encaram por um breve instante antes de ele se levantar. O olhar dele