༺ Amara Wild ༻
O quarto ainda carrega aquele calor denso, meio entorpecente, uma mistura de uísque, vapor da banheira e o cheiro deles na minha pele.
Me mexo devagar, os lençóis estão enroscados nas pernas, e o Pietro ajeita meu cabelo atrás da orelha com um carinho descompromissado, como se não tivesse acabado de virar meu mundo do avesso.
Na banheira, Luca se estica, o copo girando preguiçoso entre os dedos. Ao lado, Domenico está afundado até o peito, olhos semi cerrados, tão sereno que mais parece estar meditando.
E os dois ali, como se nada tivesse acontecido. Como se a última hora não tivesse sido um espetáculo de prazer escancarado.
Uma risada escapa antes que eu perceba. Alta, inesperada. Os corpos ao meu redor reagem.
— O que é tão engraçado assim? — pergunta Pietro, arqueando uma sobrancelha, ainda com aquele jeito provocador de quem conhece cada ponto fraco meu.
— Eu também estou curioso — diz Enzo, com um sorriso de canto, puxando meu queixo para o lado. — O que foi tão en