Capítulo 3 - Marco

Eu não tinha ideia do que aquelas minhas palavras implicavam, mas estava falando sério, eu queria Angela ao meu lado, se tornando o terror dos nossos inimigos, colocaríamos fogo juntos no mundo se ela quisesse.

Mas ela ergueu o corpo, apoiando as mãos em meu peito e se levantando, afastando-se de mim no mesmo instante. Da posição que eu estava consegui ver as longas pernas dela, pareciam tão macias e eu me perguntei se seriam tão macias quanto pareciam.

— Deixe de ser indecente! — ela gritou assim que notou meu olhar tratou de empurrar o vestido de volta ao lugar, tentando fazer seu melhor trabalho em se cobrir com o vestido rasgado e amassado.

Ela não tinha ideia do que era ser indecente, mas eu ia adorar levá-la na descoberta do mundo da perversidade, ensinar a ela cada coisa promiscua e indecente.

— Não acho que seja errado olhar para minha futura esposa. — falei me levantando e batendo todos os cascalhos grudados em meu corpo, vendo o estrago que tinha causado em minha roupa, não eu estivesse minimamente boa depois do sangue de todos os seguranças em minha camisa.

— Não vou ser sua esposa! Tire essa e qualquer ideia que envolva nós dois juntos, isso não vai acontecer nunca!

— Angel, Angel. — sacudi a cabeça chegando mais perto dela e tocando seu rosto, tirando um pouco da terra de sua bochecha, mas ela foi rápida em acertar um tapa na minha mão.

— Tire suas mãos de mim e pare de me chamar de Angel, meu nome é Angela Mancini! Pra você é senhorita Mancini! — a voz firme e a atitude dela e arrancaram um sorriso, ela era a mulher perfeita pra mim e nem ao menos se dava conta disso.

Levei as mãos ao meu terno e o arranquei atirando no chão, antes de levar as mãos aos botões da camisa ensanguentada, sentindo os olhos dela atentos a cada um dos meus movimentos.

— Logo vou chamá-la de Rainha da Camorra e você vai adorar isso. Não entende agora Angel, mas logo vai. — abri o último botão e ergui o rosto a encarando, só para ver que ela estava de olho em meu peito desnudo. — Gostando do que vê?

— Não! Não mesmo! — Angela desviou o rosto, envergonhada por ter sido pega me analisando.

— Tudo vai ser seu assim que disser sim diante do padre, não se preocupe. — falei a irritando ainda mais. — Agora vamos pra casa, quero esclarecer tudo antes que você continue com ideias estupidas de fugir de mim.

Comecei a andar em direção a mansão, não me importando se ela estava me seguindo ou não, Angela já devia ter percebido que não teria para onde ir estando dentro daqueles portões.

E mesmo fora deles, se eu já queria me casar com ela antes de conhecê-la, agora eu a desejava ao meu lado ainda mais, havia algo naquela pequena mulher que me fascinou, não sei se foi a força dela, a beleza ou a coragem, talvez fosse a porra do pacote completo.

O fato é que eu não deixaria que ela escapasse de mim, a teria pra mim de um jeito ou de outro e se jogasse da forma certa tinha certeza que logo comandaria não só a Camorra, mas teria a Cosa Nostra aos meus pés e o pai dela pagaria por ter brincado comigo!

Ouvi os passos incertos dela atrás de mim assim que chegamos em casa, os saltos batiam contra o chão de madeira de forma descompassada e eu me virei bem a tempo de ver que ela mancava atrás de mim. Mas Angela manteve a expressão dura não demonstrando nenhuma dor.

— Irmão, onde Frank está? — minha irmã chegou perguntando, mas assim que ela avistou a outra mulher vestida de noiva, aos trapos, ela paralisou. — O que aconteceu com você, querida?

— Seu irmão aconteceu. — ela não hesitou em dizer e ergueu uma sobrancelha me olhando com puro deboche. — Mas acho que tenho que agradecer que o demônio não decidiu colocar fogo no meu casamento.

Ela era petulante, com toda certeza o medo que ela tinha demonstrado mais cedo no carro já havia ido embora. Queria saber até quando duraria aquela pose de durona.

— Me desculpe a piada, mas realmente parece que você passou pelo inferno. Porque não vamos arrumar algo menos... menos tudo isso, pra você vestir? — Melissa foi rápida em querer ajudar, como sempre, mas nesse momento eu tinha outros planos para Angela.

— Depois, agora ela vem comigo. Temos algumas coisas a esclarecer e eu quero fazer isso o quanto antes. — ordenei e voltei a marchar, sabendo que Mel não iria me contrariar, ao menos não na frente de estranhos.

Ouvi os saltos me seguindo sem nenhuma reclamação, andamos pelo longo corredor decorado por minha mãe com várias artes caras, que eu não dava a mínima, eram apenas mais um atestado da nossa riqueza, assim como as várias casas, carros, empregados e tantos outros bens que possuíamos.

Parei na porta do meu escritório, a destranquei antes de abrir e segurar para que ela passasse na minha frente. Dando uma olhada de canto ela entrou, mancando e segurando a barra do vestido, mas com o rosto altivo, mostrando que não seria facilmente intimidada.

Mal sabia ela que eu já tinha um show totalmente pronto para convencê-la do monstro que o pai era e que estaria melhor ao meu lado.

— Aposto que seu pai lhe disse algumas mentiras sobre mim, não estou aqui para me fazer de santo, ganhei minha fama de demônio da Camorra porque realmente fiz por merecer, matei pela primeira vez aos onze anos e desde então essa lista só cresceu. — Angela levou as mãos a boca, me dizendo que essa parte tinham escondido dela. Ao menos eu estava sendo sincero. — Torturar meus inimigos se tornou uma arte e apesar de ter pessoas para fazer isso no meu lugar, eu prefiro lidar pessoalmente com esses assuntos.

— Porque está me contando isso? — sussurrou se apoiando em apenas um dos pés, me lembrando que ela estava com dor.

— Porque quero ser sincero, claro como seus pais e nenhuma outra pessoa na sua vida nunca foi. — me aproximei dela e Angela recuou um passo, mesmo mancando ela queria fugir de mim novamente. — Não quero mentir para você e dizer que sou o bom samaritano. — agarrei a cintura dela colocando um fim naquela distancia entre nós dois e as mãos dela voaram para o meu peito nu, tentando me impedir de chegar ainda mais perto.

Encarei as mãos dela me tocando, sabendo que ela estava sentindo minha pele quente, enquanto a respiração dela se tornava descompassada novamente, sacudindo seus seios no vestido apertado.

— Você... você vai... abusar de mim agora? — a pergunta gaguejada me fez odiar ainda mais o pai dela por ter colocado essas porras de ideias naquela cabecinha.

Eu tinha certeza que aquilo era parte do plano de Giovanni para me manter longe da filha, porque ele sabia que depois de me trair e a entregá-la a outro eu não deixaria barato.

— Eu poderia te tomar aqui e agora, poderia colocá-la em cima dessa mesa, arrancar seu vestido e deslizar minhas mãos por sua pele macia até encontrar sua boceta pulsando de desejo e desespero para ser chupada e depois fodida de verdade. — deslizei minhas mãos pela lateral do seu corpo e Angela se remexeu com meu contato. — Poderia cobrir sua carne com minha boca e a lamber até que a tivesse gritando e implorando por mais em baixo de mim. Então eu entraria em sua boceta apertada, reivindicando sua virgindade e te enlouquecendo de prazer.

— Ooh! — ela exclamou chocada e arquejou quando apoiei minha mão na base das costas dela e a puxei contra meu peito, colocando um fim no espaço entre nossos corpos.

— Mas eu só faria isso se dissesse que é exatamente o que quer, não faria nada contra sua vontade. — as íris dela tinham tomado um tom escuro e eu tinha certeza que ela sentia minha ereção. — E então Senhorita Mancini, é isso o que quer? — levou um segundo até que Angela engolisse em seco e sacudisse a cabeça em negação. — Ótimo, então vamos falar sobre todas as mulheres que seu pai disse que eu estuprei e torturei.

A coloquei sentada na cadeira antes de dar a volta na mesa e pegar na gaveta direita a pasta com o nome de todas elas e as suas novas vidas. entao entreguei nas mãos dela.

— O que é isso?

— Essas sãos as mulheres e as vidas que elas escolheram. — ela abriu a pasta rapidamente passando de uma para a outra, olhando as fotos para confirmar. — Não precisei torturar nenhuma delas em troca de informações, algumas fugiram dos maridos, outras dos próprios pais e de futuros horríveis que as aguardavam, duas delas também vieram de um dos prostibulos que seu pai é dono. Todas elas vieram até a Camorra em troca de abrigo, elas usaram a única coisa que tinham em troca de uma segunda chance: as informações.

— Está dizendo que você deu abrigo a essas mulheres, dinheiro e mandou algumas para outros países como queriam, apenas em troca de informações? Quer mesmo que eu acredite nessa mentira?

— Não é mentira pequeno anjo. As que escolheram partir foram levadas para o lugar que queriam, com uma nova identidade e um pouco de dinheiro para recomeçarem. — me sentei relaxado em minha cadeira, apoiando minhas mãos na mesa. — Algumas delas decidiram ficar e se aliaram a Camorra, você pode conhecê-las e perguntar diretamente a elas.

— E porque eu? O que eu tenho de tão especial para me sequestrar? Não pedi por uma segunda chance como essas mulheres e deve saber que meu pai não aceitaria uma união entre as duas máfias, mesmo que você me capturado.

— Sei disso, seu pai não se importaria com o bem estar da filha, ou não a teria entregado de bandeja aquele pedaço de merda. — rosnei não conseguindo deixar minha raiva de lado ao lembrar de Filippo com as mãos nela. — Mas eu sabia que precisava salvar meu pequeno anjo das mãos daquele idiota, você não foi feita para ele.

— E acha que fui feita para você? — ela me questionou ainda sem entender.

— Vou provar isso a você querida! Vou lhe mostrar como foi enviada a esse mundo para ser a mulher do Demônio da Camorra.

Eu ia fazer isso, ia conquistá-la e então quebrar aquelas barreiras onde a verdadeira Angela estava presa durante todos esses anos, ia transformá-la no pior pesadelo do seu pai!

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