Marco Falcone é o novo chefe da máfia Camorra, foi criado a sua vida toda para assumir esse lugar, seu treinamento começou cedo. Ele passou pelas maiores atrocidades e cometeu muitas monstruosidades, ganhando a fama de Demônio da Camorra. Quando um acordo de união com a Cosa Nostra é negado e eles decidem dar a filha do Don em casamento para a máfia rival, Marco toma a decisão de sequestrar a noiva no dia do seu casamento. Angela Mancini nunca teve a vida que sonhou, foi moldada e ensinada como se comportar, como ser a esposa da máfia perfeita. Ela sabia que era só questão de tempo para que seu pai a empurrasse para um casamento arranjado. Mas nunca pensou que seria sequestrada no seu grande dia pelo próprio chefe da Camorra, o homem mais temido e duro da máfia. Ele só não esperava a princesa inocente e virgem acabaria o atraindo como louco. Ela estava disposta a tudo para não ser destruída pela monstruosidade dele.
Ler maisMeu pai me conduziu pelo corredor da igreja e as centenas de convidados divididos dos dois lados do corredor me encaravam, Cosa Nostra de um lado, 'Ndrangheta do outro, os olhares observadores em mim, alguns com pena, outros com cobiça e aqueles que eu não conseguia decifrar, mas todos estavam ali vendo a virgem vestida de branco, sendo entregue ao próximo dono pelo próprio pai.
Olhei para o final do corredor, onde Filippo estava em pé. Alto e forte, com um sorriso doentio nos lábios, me esperando como se fosse o momento mais feliz da vida dele.
Talvez fosse para ele, mas para mim seria o meu fim.
Meu pai me puxou e minhas pernas pareciam me carregar em seu próprio ritmo enquanto meu corpo tremia de nervoso. Pétalas de rosas vermelhas cobriam meu caminho, amaciando meu caminho para um futuro duro e triste.
Eu sabia o quanto Filippo era horrível e que jamais me respeitaria, eu seria apenas um pedaço de carne, um corpo onde ele poderia se enterrar, um recipiente para carregar seus filhos.
A mão de meu pai se apertou em torno de meus dedos e eu soube que deveria erguer o rosto e voltar a encarar meu futuro marido, mas queria poder fugir dele pelos últimos segundos que me restavam.
A caminhada levou uma eternidade e, ainda assim, acabou rápido demais, eu só queria nunca chegar até o fim do corredor. Meu pai parou em frente ao altar e segurou os cantos do meu véu levantando antes de entregar minha mão a Filippo.
— Oi noivinha. — eu me forcei a sorri para ele, mas não porque gostava quando me chamava assim, era apenas por obrigação.
Depois que ele tinha me encurralado em um canto da casa na noite do nosso noivado e forçado sua língua para dentro da minha boca, todo o meu desprezo por ele se transformou em uma mistura de nojo e pavor, pois eu sabia que seria exatamente assim que ele faria essa noite, se forçaria para dentro de mim sem se importar com qualquer coisa que eu sentisse, simplesmente porque eu era sua propriedade.
“Quero ver você fugir de mim assim quando estivermos casados, você vai ser minha e vou fazer o que quiser com você.” Foi o que ele disse quando tentei desviar dos lábios nojentos dele.
O sacerdote, que vestia uma túnica branca, cumprimentou a nós e aos convidados, antes de começar sua oração inicial.
Tentei respirar fundo e me manter firme, mesmo que o espartilho apertado cortasse meu ar, dificultando minha respiração, mas a única coisa que mantinha meu foco era a mão dele apertado a minha, se esfregando de forma insinuativa só para me desestabilizar.
Quando finalmente o sacerdote chegou ao fim do Evangelho, minhas pernas estavam ainda mais moles enquanto o homem ao meu lado mantinha o sorriso nos lábios.
— Filippo e Angela, vocês estão aqui livremente e sem reservas para se entregarem um ao outro em matrimônio? — NÃO, era o que eu queria gritar. — Irão se amar e honrar um ao outro como marido e mulher até que a morte os separe?
Mas antes que pudéssemos responder passos sincronizados, como botas de combate batendo contra o piso da igreja foram ouvidos. Todos os homens puxaram suas armas, menos Filippo, que continuou segurando minha mão parecendo confiante de mais.
Talvez ele tivesse razão em pensar que não era um ataque, afinal os homens de guarda do lado de fora da igreja não tinham dito nada, não se ouviu nenhum barulho vindo de fora.
Mas antes que qualquer um surgisse na porta o barulho de um metal caindo no chão ecoou no silêncio da igreja.
— Granada! — ouvi alguém gritar e a multidão se agitou correndo, gritando, se esbarrando uns nos outros.
Filippo olhou em volta como uma barata tonta, desesperado por um abrigo, apertando minha mão com tanta força que pensei que quebraria meus ossos. Então algo explodiu a nossa volta, o som alto de mais massacrando nossos ouvidos, ele se virou correndo e me empurrando, eu não consegui e equilibrar com os saltos e cai no chão, batendo os joelhos na pedra dura e fria.
O caos em volta me deixava desorientada, a dor em meus joelhos me fazia querer chorar enquanto meus ouvidos ainda zuniam de forma dolorida, minha cabeça girava e todos os meus sentidos estavam uma bagunça.
Levei as mãos aos ouvidos tentando abafar o som ou ao menos conseguir pensar, enquanto as pessoas corriam a minha volta, me empurrando, pisoteando, me machucando sem se importarem.
— Mãe! Pai! — gritei tentando encontrar alguém.
Não havia fogo em volta, apenas uma fumaça branca tornando difícil a localização de qualquer coisa. Não tinha como achar meus pais ou irmãos, nem mesmo nossos seguranças pareciam estar por perto.
Quando eu pensei que ficaria ali esquecida, até ser pisoteada ou morta por nossos invasores, mãos grandes e firmes envolveram meu corpo me levantando e me aninhando nos braços fortes.
Eu não conseguia enxergar com a fumaça e a bagunça, mas me deixei ser levada pelo homem que me seguravam com maestria e de forma protetora, me levando para fora daquele inferno de lugar direto para a segurança de um carro.
Respirei aliviada quando a porta foi fechada e o carro saiu do lugar, com sorte eu teria ganhado mais alguns dias sem um marido, eu só podia torcer para que não tivessem muitos feridos e para que minha família estivesse em segurança.
Nem tinha me dado conta de estar sentada no colo do meu salvador desconhecido, mas bastou olhar para o lado para saber que havia algo de errado. Nenhum dos homens ali no carro era do meu pai, eu nunca os tinha visto.
— Quem são vocês? — perguntei já empurrando o homem que me segurava, querendo me livrar de suas mãos e sair de seu colo, mesmo que não houvesse outro lugar para sentar.
Minhas mãos voltaram molhadas e quando olhei para baixo vi que estavam vermelhas, o homem me segurando estava com a camisa branca cheia de sangue, assim como os homens ao lado dele, mas nenhum dos outros me olhavam.
— Bom dia anjo, me desculpe estragar o seu casamento desse jeito, mas foi a única forma de fazer seu pai ouvir a razão. — a voz grossa e imperiosa do meu salvador me arrepiou dos pés a cabeça. Franzi a testa confusa, ainda tentando me afastar dele e manter aquelas mãos longe de mim, mas ele apenas balançou a cabeça em negação. — Marco Falcone.
Os olhos castanhos e penetrantes, emoldurados pelas sobrancelhas grossas se focaram nos meus, enviando uma onda de calor por meu corpo, não estava a ser encara de forma descarada assim, os homens sempre desviavam os olhos de mim quando sabiam quem eu era.
Então aquele nome fez algum sentido na minha mente, eu já tinha escutado em algum lugar...
— Falcone? Chefe da...
— Camorra! — ele completou a frase para o meu total espanto, abrindo um sorriso lindo e assustador.
Mas tudo o que eu conseguia pensar agora era que eu estava morta, aquele seria o meu fim, foi o que conclui enquanto olhava aquelas íris hipnóticas e me dava conta de quem estava a minha frente.
— O Demônio da Camorra.
O homem que tinha me tirado da igreja, que me carregou no colo e ainda me mantinha próxima a seu corpo, sentada em seu colo, era ele, o homem mais temido por todos, que desde garoto fez sua fama de monstro e que se orgulha dela.
O chefe da Camorra e um dos inimigos de meu pai. O que ele queria comigo? Me tirar da igreja depois de nos atacar no meio do casamento e estar coberto de sangue, só me dizia que seu plano era terrível.
— Eu mesmo, anjo. E é um prazer finalmente te conhecer, minha futura esposa!
3 anos depois— Alguma novidade? — questionei Frank, ficando impaciente. — Marco já deveria ter voltado daquela zona de guerra, não sei o que ele poderia estar pensando ao se enfiar naquele lugar sabendo que nossos homens estão sendo assassinados todos os dias nas ruas.A guerra não tinha se tornado mais fácil naqueles anos, os japoneses se juntaram a 'Ndrangheta, e vinham tentando nos derrubar desde então. Atrasando a tomada do antigo território do meu pai e tornando tudo um grande inferno.Foram anos difíceis, e mesmo com todos os nossos aliados as coisas não tinham progredido. Homens morriam dos dois lados o tempo todo.— Ele deve estar chegando a qualquer momento, pelo GPS o carro está no nosso território. — ele finalmente falou me tranquilizando. — Mas tem algo de errado com o voo da sua irmã.— Alessia? O que aconteceu agora? — perguntei, sentindo meu coração se afundar no peito e o frio do medo tomar meu corpo. Eu sabia bem o quão sem escrúpulos nossos inimigos eram.— Ela nunc
Eu observei de longe Angela terminar de se vestir em nosso closet, colocando o vestido que modelava seu corpo com perfeição. Ela havia finalmente ganhado peso novamente, as noites estavam mais tranquilas, mas sempre que ela acordava com pesadelos, eu estava ali e, quando não estava, ela sabia exatamente onde me encontrar para me fazer cumprir com o prometido, sempre a faria esquecer chamando meu nome.Havia sido dois meses conturbados com as reviravoltas, o pai de Filippo desaparecendo, os japoneses atacando e entrando no território da Cosa Nostra, dificultando a nossa tomada de territórios. Nada estava certo ainda, mas tínhamos enfim encontrado uma semana de calmaria para fazer o casamento de Nero com Svetlana.Os russos já estavam ficando impaciente com a espera, principalmente com suas tropas nos ajudando na tomada de território. Mas tudo estaria resolvido em algumas horas.— Tudo certo, Angel? — perguntei vendo ela respirar fundo na frente do espelho.— Eu já disse que você pode d
Meus planos indo até ali não eram aquele com toda certeza, eu queria apenas gastar todas as minhas energias até conseguir voltar para a cama. Mas Marco havia acabado de mudar meus planos.Sem se importar com o sangue, a sujeira, meu pesadelo, ou a brutalidade de tudo ali, ele me pegou nos braços e me deu um orgasmo, parecendo ensandecido por ciúmes e possessividade. E eu tinha adorado aquilo.— Agora é minha vez! — me encaixei em seu colo, abrindo o robe e encontrando seu pau duro como pedra, pronto para mim. Apoiei os pés no chão e encaixei seu pau em minha entrada, descendo lentamente. — Hummmm…— Porra, sim! — ele rosnou acertando um tapa em minha bunda que me fez saltar em cima dele, engolindo mais do seu pau. — Cavalga no seu homem, diabinha.Não precisei de outro pedido antes de colocar as mãos em seus ombros e começar a subir e descer. Seu membro me preenchia com perfeição, cada vez que eu descia sentia que podia morrer ao ser empalada por ele, mas quando subia eu sentia o quão
Despertei com uma sacudida que me fez abrir os olhos rapidamente, esperando o pior. Mas o corpo pequeno junto ao meu voltou a se sacudir e, antes que minha mente enevoada pelo sono processasse o que estava acontecendo, o grito dela ecoou no quarto, congelando meu corpo.Eu tinha escutado muitas vezes o grito macabro que parecia vir de sua alma, rasgando seu interior. Mas todas às vezes que ouvi foram de longe, do lado de fora do seu quarto no hospital ou do meu quarto. Era a primeira vez que o ouvia do meu lado.— Angel? Acorde, amor. — Chamei já acendendo o abajur e agarrando seus ombros. — Acorde, vamos, Angela! É só um pesadelo! — O grito dela ecoou novamente e eu puxei seu corpo para meus braços, finalmente vendo seus olhos se abrirem, arregalados com verdadeiro pavor. — Foi um pesadelo, já acabou. Você está na nossa casa, nos meus braços, ninguém pode te tocar aqui!Seus olhos correram de um lado para o outro como se ela estivesse assimilando onde realmente estava e então suas un
Eu não conseguia acreditar que tinha conseguido, tinha enfrentado o pânico e o medo que senti quando ele me tocou. A sensação de ser tocada por Marco, me sentir desejada e amada por ele foi tão mais potente do que o medo que tinha se instalado dentro de mim.A cada palavra que ele falava de afirmação, cada vez que me chamava de sua diabinha, um apelido que só ele conhecia, Marco conseguia me trazer de volta para a realidade, me tirando dos meus pesadelos e das lembranças dolorosas.— Pensei que nunca fosse conseguir sentir prazer de novo. — murmurei com ele ainda sobre mim, deitados sobre a mesa da sala de jantar, nus, como se nada mais importasse. — Achei que não fosse aguentar ser tocada por você novamente.— Eu não desistiria, não importa quanto tempo levasse, eu estaria bem aqui, esperando a primeira oportunidade que tivesse de estar ao seu lado. — Marco beijou meu ombro e ergueu o tronco. — Não menti quando disse que nosso casamento seria para sempre, não existe nenhuma outra mul
Meu corpo todo entrou em uma onda de desejo e tensão com a constatação de que era ela ali, minha mulher que eu estava beijando depois de mais de um mês sem poder tocá-la.Joguei a outra arma sobre a mesa e agarrei sua cintura, puxando-a contra mim, precisando urgentemente de mais dela, tudo o que ela quisesse me dar eu estaria aceitando, porque ficar sem ela, sem poder sequer estar ao seu lado, tinha sido meu inferno pessoal.— Vamos antes que sejamos nós a tomar um tiro. — ouvi Nero brincar enquanto os passos ecoavam à nossa volta se distanciando.Então eu seguirei em sua bunda, afundando meus dedos contra a carne mesmo sobre o tecido e a coloquei sobre a mesa. Um gemido escapou dos seus lábios e suas mãos agarraram meu terno e tentando se livrar dele de maneira desesperada.A ajudei a arrancar o terno e a camisa em segundo antes de puxá-la pela cintura, subindo os dedos por suas costas até encontrar o zíper do macacão. Meus lábios deixaram os dela apenas para arrancar suas roupas, ar
Último capítulo