Camila logo conteve o sorriso e, com a voz baixa, explicou:
— Naquela noite, eu estava muito triste. Passei por um bar e entrei para pedir um “Hiroshima Iced Tea”. Achei que fosse chá, mas não era. Era muito forte e me deixou bêbada com apenas um copo. Se eu tivesse o mínimo de consciência, teria evitado qualquer situação delicada.
Lucas apertou levemente os lábios. Depois de esfriar a cabeça, ele sabia que acreditava em Camila, mas ainda assim não confiava em Pedro. Era homem, e homens entendem o que outros homens pensam.
Afinal, a mulher que Pedro gosta estava ali, vulnerável, sem muita consciência. Qualquer homem, naquelas circunstâncias, teria dificuldade em resistir a, pelo menos, tocá-la ou beijá-la.
Lucas levou a mão à testa, massageando as têmporas com os dedos. Mesmo assim, forçou um meio sorriso e disse:
— Vamos encerrar esse assunto. Chega de pensar nisso.
— E sobre o seu pai...?
— Joguei as fotos na cara dele e fui direto ao ponto. Ele entendeu o recado e vai se controlar d