Paula Moretti
— Oi, filho — sussurro, minha voz trêmula, embargada por uma emoção que não consigo conter. — Seja bem-vindo. Seja muito bem-vindo, Romeo.
Ele não fica muito tempo conosco. Precisam limpá-lo, examiná-lo. Meu olhar segue-o, ávido, até que ele desaparece da minha vista. Então, me viro para Nicolo. Seu rosto está transformado. As lágrimas que ele segurava com tanto esforço agora correm livremente por seu rosto, limpas e brilhantes. Ele não tenta escondê-las.
— Vá — digo, minha voz, um fio de emoção. — Vá ficar com o Romeo. Cuide dele. Eu vou ficar bem.
Ele balança a cabeça, como se sair dali fosse a coisa mais difícil do mundo.
— Vá — insisto, com um sorriso trêmulo. — Ele precisa do pai. Eu preciso que você cuide dele.
Ele se curva sobre mim, sua testa tocando a minha. Seu hálito quente contra minha pele.
— Obrigado, meu amor — ele sussurra, sua voz rouca, quebrada. — Obrigado por nos dar uma família. Por me dar um futuro.
Ele beija meus lábios, um beijo suave, doce, carre