Isabella apoiou as duas mãos na bancada, o espelho do banheiro devolvia um reflexo que ela mal reconhecia.

O batom intacto, o delineado firme, a expressão impassível de uma CEO acostumada a comandar.

Mas por dentro… Isabella Grayson sangrava em silêncio.

Ela esfregou os pulsos debaixo da torneira como se pudesse arrancar a lembrança dele da pele dela.

A água escorria gelada, mas não era o bastante, nada apagava a sensação, a respiração dela estava irregular, como se o ar do ambiente estivesse contaminado. Isabella tentou respirar fundo, uma, duas vezes, ela tentou se estabilizar.

Os dedos dela tremeram ao fechar a torneira, ela apertou as mãos, forçando a firmeza, não era hora de desmoronar.

Ela saiu do banheiro, o salto ecoava pelo corredor e ela andava com a mesma elegância de sempre, cabelos presos num coque que desafiava a gravidade, blazer justo, perfume sóbrio, mas os olhos… os olhos já não carregava a mesma couraça de sempre.

O elevador se abriu com um som metálico e Isabella