Ivy continuava imóvel, os olhos fixos na porta entreaberta. Seu coração martelava no peito, a respiração curta, descompassada.
Ela deveria ir embora. Esse sempre foi o plano. Então por que não conseguia se mover?
As palavras de Lucian ainda ecoavam em sua mente. Se for ficar… é porque quer.
Um arrepio percorreu sua espinha, e antes que pudesse se conter, seus pés tocaram o chão frio. Como se movidos por uma força que ela se recusava a nomear, a levaram até a porta.
Ela parou no batente, hesitante. O corredor estava mergulhado na penumbra, iluminado apenas pela luz fraca que vinha de algum cômodo distante.
Lucian estava ali. Ela sabia.
E então, o viu.
Ele estava encostado na parede, um pouco à frente, de costas para ela. O terno impecável, a postura rígida, os dedos passando lentamente pelo maxilar, como se tentasse conter algo.
Por um instante, Ivy pensou em recuar. Fechar a porta. Fingir que nunca havia se levantado.
Mas já era tarde.
Lucian virou o rosto, o olhar sombrio encontrando