Hailey SilverStar

Adormeci quase imediatamente após me deitar ao lado de Hunter. O cansaço e o peso da noite me nocautearam, como se meu corpo tivesse escolhido ignorar que estava ao lado de um assassino capaz de me matar em segundos. Ainda assim, o calor dele, o cheiro inebriante que exalava, funcionava como um sonífero natural.

Amala tinha razão: senti, de algum modo, que ele não me machucaria. Mas a ideia de me render tão rápido a alguém que podia ser meu inimigo mortal era assustadora.

Quando despertei, Hunter não estava mais ao meu lado. O sol alto no céu denunciava que já passava do meio-dia.

Aquele conto de fadas distorcido parecia se aproximar do fim, e eu precisava escapar daquela mansão antes que cada minuto se tornasse mais sufocante. Cada passo ecoava na madeira polida, cada sombra me lembrava de que, apesar do vínculo inexplicável que nos unia, eu ainda era Hailey Silverstar — uma loba que sobreviveu à morte, à perda e ao próprio medo.

Vasculhei o quarto, mas nada me pare