Hunter Blood Moon
Observava os dois jovens lobos lutando no meio da clareira.
O ar estava denso de expectativa, os outros aprendizes formando um círculo em volta, uivos baixos e murmúrios vibrando na noite. O chão de terra batida já carregava marcas das garras, sangue fresco salpicado em alguns pontos.
Um dos garotos estava claramente ferido, depois de ter caído de mau jeito sobre o braço. Mas, mesmo assim, tentava manter a guarda, o corpo tenso, o olhar fixo no oponente. A respiração pesada denunciava que não duraria muito.
O outro circulava em volta dele, lento e confiante, quase predador. Uma risada insolente ornava o rosto, cada passo um convite para o rival ceder. Ele se divertia com a dor do companheiro, como se a luta fosse um jogo — e isso me irritava.
Lembrava a mim mesmo nessa idade, no meu primeiro teste da clareira. O frio no estômago, a sensação de que todo o clã pesava sobre meus ombros. A diferença é que eu não ria da dor alheia. Eu sabia que a luta na clareira não era