Hailey Silverstar
Paramos diante de uma casa que, à primeira vista, parecia como todas as outras da rua. Mas havia algo nela que a fazia destoar. As luzes estavam apagadas, as janelas fechadas, e no ar pairava uma sensação estranha, quase de abandono. O jardim da frente parecia pedir socorro: galhos secos espalhados pelo gramado, folhas amareladas amontoadas no canto, e o portão rangeu alto quando o empurrei.
Safira abriu a porta sem hesitar, como se já tivesse feito aquilo outras vezes. O som metálico da chave ecoou pelo silêncio pesado, seguido pelo estalo do interruptor que iluminou o hall de entrada. Ela puxou uma cortina e abriu uma janela, deixando o ar da noite entrar e levar embora o cheiro de coisas guardadas.
— Vem uma senhora limpar duas vezes no mês. Mas ninguém fica aqui. — explicou, a voz baixa, quase respeitosa.
— De quem é essa casa? — perguntei, ainda parada no hall.
— Do Hunter. É onde ele cresceu.
Assenti, sentindo meu peito apertar de uma forma que não sabia explic